A idéia era postar textos que mandei pro jornal, mas vou mudar um pouco esse conceito. Até porque não teria sentido em escrever coisas mais pessoais lá. Também acho que não adianta falar apenas sobre o que sinto e nada sobre o que faço.
Por isso vou escrever um texto sobre o show do Keane que fui. Não lembro a data exatamente, mas foi na última semana de maio, no O2 Empire.
Estava em dúvida, pois já havia gastado uma fortuna em shows. Quando decidi comprar, os ingressos já haviam esgotado. Aí sabe como é, quanto mais difícil, mais a gente quer. Que nem criança.
Entrei no ebay e achei um usuário vendendo o ingresso pelo mesmo preço de bilheteria. Nem pensei duas vezes. Paguei e quatro dias depois já estava com ele na mão.
Como ia sozinho, fiquei receoso de não aproveitar, mas me esforcei ao máximo e deu tudo certo. Cheguei duas horas antes da abertura dos portões. Fui ao Oneill’s da esquina, tomei uma Guinness Red, que por sinal não recomendo. Logo, faltando pouco mais de meia-hora, entrei na fila. Em seguida já estava lá dentro.
O lugar é pequeno, mas sensacional. Três andares com bar e banheiro em todos. Cadeiras novas, estofadas e confortáveis. Aconchegante e elegante. Pra não perder o embalo, tomei mais algumas cervejas.
Detalhe é que as cadeiras não eram numeradas, o que foi excelente para mim. Como cheguei cedo, pude escolher o melhor lugar, pelo menos no andar em que estava. Fiquei muito, muito próximo do palco.
Como o evento não era simplesmente um show do Keane, mas sim a semana comemorativa de cinqüenta anos da Island Records (gravadora que entre outros artistas conta com U2, Amy Winehouse e Bob Marley em seu catálogo), tive que amargar dois shows chatinhos pra “esquentar” o público.
A primeira banda foi “Ladyhawke” e a segunda nem lembro. Pra ser sincero, não quero perder tempo com isso. Vamos direto ao que interessa: Keane.
No último intervalo antes do show fui ao bar reabastecer o estoque de cevada. Comprei duas Carlsbergs e coloquei uma ao meu lado, no chão. Não queria perder um segundo sequer.
Finalmente chegou a hora, o apresentador da noite anuncia: Ladies and gentlemen, put your hands together for KEANE!
Não preciso dizer que a galera foi a loucura, assim como a banda. Entraram animadíssimos, já tocando. A primeira música foi “Spirraling”, muito bem escolhida por sinal. É empolgante e contagiante. Logo em seguida, Tom Chaplin cumprimenta o público e já larga, sem mais nem menos, aquela frase que todo mundo conhece:
“You say you wander your own land...” – foi foda!
Parece que não deu tempo nem de assimilar, parecia irreal. Tantas vezes fui ao NY e delirei ao som dessa música. Agora eram eles, os reais autores. Ali, a minha frente, tocando as mesmas notas que tantas vezes já compartilhei com todos meus amigos e com a Galaxy, no Pub. Impossível descrever o que senti.
Acabou a música e pensei “nossa, agora acalma.” É claro que não. Tom solta “This is the Last Time...”. Provavelmente minha favorita, é o que eu achava. Uma vez mais fui a loucura. Incrível.
Pensei que poderia ser ruim começar com todas as boas, não sobraria nada pro final. Foi aí que a banda começou a tocar “Perfect Symmetry”, faixa-título do último cd. Puta, aí fodeu tudo. A música em si é toda sensacional, mas o final matou a pau. Na tradicional paradinha de qualquer hit, o teatro parou e o Tom começou a berrar “Wrap yourself arooooound me, wrap yourself aroooooound.”, acompanhado pelos acordes, que voltaram ainda mais potentes. Completamente estonteado e sem saber o que fazer, simplesmente peguei minha Carslberg, tomei um baita gole e pensei: cara, do caralho!
Poderia falar de todas as músicas, “Somewhere Only We Know”, “The Lovers are Losing”, “Playing Alone”, etc. São muitas. Keane é definitivamente uma banda criadora de hits. São apenas três cds, mas eles já conseguem rechear um set-list com 18 hits famosos.
O último destaque, na minha opinião, vai para Crystal Ball. Nessa o público, a banda, os seguranças, eu e todo mundo enlouqueceu. Parecia que o teatro viria abaixo. A prova disso é que o próprio vocalista se jogou no meio da galera, sem mais nem menos.
Enfim, é isso. Um baita show. Sei que muita gente não gosta de Keane, muitas vezes nem os consideram uma banda de rock. O principal argumento é que eles só usam piano, bateria e voz. Pois bem, é mentira. Agora a banda conta com um baixista e o próprio Tom Chaplin toca guitarra.
Claro que ninguém é obrigado a gostar, mas sinceramente? Duvido que alguém fosse ao O2 Empire naquela noite e não se emocionasse. Sem dúvida, um show maravilhoso. E como não sou egoísta, aí vão alguns vídeos pra vocês!
No mais, saudades!
Crystal Ball
Somewhere Only We Know
Perfect Symmetry
Playing Alone
Assinar:
Postar comentários (Atom)
mais um show que gostaria de ver!
ResponderExcluirNem preciso dizer (mas já dizendo) que queria ter curtido ctg esse show!
ResponderExcluirSaudade é grande cara.. Abração!
esses dias fui ao cinema e chorei muito quando começou a tocar "somewhere only we know" no filme e provavelmente eu teria chorado nesse show :)
ResponderExcluirah, mais uma coisa.. um dia eu ainda vou dizer: "o passos, da rolling stone? é meu amigo..." iauhaiuhaiuhaiuhaiuhiuha
besos!!!!
Pois é, não fui no show, mas paresse que estive lá!
ResponderExcluirObrigado pela viagem!
Beijo tomazets ;)
massa cara, aproveita tudo que é show que der pra tu ires................
ResponderExcluirquero que voltes jornalista, publicitário, dono de pub e músico de banda.....
Tudo de bom e aproveita!!!!!!!!!!
Luciano Oxley
conseguesse transmitir toda a emoção de estar vendo de perto os caras. não tenho dúvida que se eu estivesse lá também teria delirado com o show.
ResponderExcluirsó pelos vídeos já dá para perceber que foi demais.
pelo menos o Keane é uma banda nova e vou fazer de tudo para ir num próximo show aqui no Brasil!
já estou de olho no DVD lançado com as músicas do último álbum! :D