sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Uma homenagem inexplicável

Sempre fui um cara que gosta de prestar homenagens. Slides de fotos, textos, músicas e depoimentos. Acho importante valorizar os laços que temos. Muitas vezes o que deixo escapar no dia-a-dia, tento recuperar com ações do tipo.

É bonito, faz com que nos sintamos mais próximos, ligados. É algo que realmente gosto de fazer. Procuro a veia de poeta e a coisa vai. Geralmente fico satisfeito com o que sai, e acredito que os “homenageados” também.

Agora, se tem alguém que me deixou no chinelo, foi Joel Pott, do Athlete. Quando o novo disco da banda foi lançado, há um mês atrás, deparei-me com um nome estranho: Black Swan. Ouvi o disco e viciei totalmente.

Músicas tristes, alegres, deprimentes e empolgantes. “Superhuman touch”, “The Getaway”, “Rubiks Cube”, etc. São várias cações sensacionais. O disco é realmente excelente. Mas uma se destaca, e é justamente a faixa-título: Black Swan Song. A música em si já dispensa comentários. Melodia simples e contagiante e letra assustadoramente bonita.

Gostei tanto da música que resolvi pesquisar com afinco a sua explicação. Pois bem, não deveria ter feito. O motivo? Viciei de tal forma que agora não sei se consigo parar. É, sem dúvida, a homenagem mais bonita que já vi.

Logo abaixo do vídeo (que vem abaixo), está a tradução da letra. Quem se interessar, pode ouvir lendo. Verá do que estou falando.



Canção do cisne negro (Black Swan Song)

Eu caminhei pelos campos mais sombrios que você poderia imaginar.
Seu belo rosto confrontou o cano da minha arma.
E eu sei que você será o primeiro a me receber,
Quando eu subir à eternidade.
Oh oh

A floresta sempre nos manteve aquecidos.
Mas ela não parece mais com o nosso lar.
E eu sei que há montanhas mais altas aonde você está.
E um clima melhor para o meu coração.
Oh oh

Eu venho acelerando o relógio.
E fiquei sem estima.
Estou pronto para minha última sinfonia.
Oh, meu corpo está fraco,
Mas minha alma segue forte.
Estou pronto para descansar sem seus braços

E a chuva bate nos telhados,
Mas não há som.
Não há som.
E os meus amigos e familiares me levaram para casa.
Levaram-me para casa.

Como podem perceber essa não é a versão de estúdio, muito menos o clipe original (que vale a pena ver também. Conta com imagens o que vou contar agora). Aí vai a história então:

A música é dedicada ao avô do Joel, que lutou na Segunda Guerra Mundial, contra os nazistas. O velinho era tenente de um dos batalhões de resistência ao exército alemão em Arnhem, na Holanda. Em um destes embates, Pott foi ferido, e agonizou durante 20h, deitado na floresta, até que enfim cedeu à morte.

Triste, não? A letra, a melodia, a homenagem. Sabendo a história, combina muito com o que aconteceu. Mas calma. Ainda tem mais.

Você não se pergunta o porque desse vídeo? Um cara que tem uma banda que já lançou quatro discos de sucesso, reconhecido na Europa inteira, tocando em um violãozinho de corda de nylon, no meio de uma floresta. Sem apoio da banda, sem caixas, distorção, microfones, nada. Parece estranho.

Mas tem um motivo. E que motivo.

O lugar em que Joel está sentado é o exato local em que seu avô agonizou por quase um dia inteiro, e enfim faleceu.

Acho que a explicação dispensa comentários posteriores. Fica o sentimento do quão bom é ver uma homenagem dessas, e torcer para que um dia alguém faça algo parecido por nós.

Sequer consigo imaginar o quão importante o velho deve ter sido pro Joel.

E que não digam que não há amor nesse mundo!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A força do desconhecido

Todo mês de outubro sinto a mesma coisa. E não me refiro apenas ao sol no rosto e a suave brisa nos cabelos.

Sinto algo a mais. Algo que enche o coração e alegra o espírito. Parece até uma golfada de ar que enche os pulmões. Um ânimo repentino que enriquece a alma e alivia o pensamento.

Talvez o calor que esquenta ou as flores que brotam. As roupas mais leves ou os pássaros que cantam.

Em nenhum outro momento do ano, caminhar na rua é uma atividade tão especial.

É toda uma combinação de astral, clima, roupas e som. Tudo isso conspira para uma retomada de sentimento, uma reviravolta de situação.

O tempo traz lembranças e a melodia ressalta vivências.

Sei que não há época melhor no ano. Há trabalho, há aula, há compromissos. As férias não chegaram. Mas isso não importa. É algo que vai além. Quer dizer, além não. É algo muito mais interno, muito mais pessoal.

Habita dentro da gente.

É um momento do ano em que, em meio a todas as dificuldades e rotina, algo nos dá esperança. Algo nos reforça de uma forma simplesmente indescritível.

Uma força sobrenatural aparece e nos diz: relaxa, já está melhorando.

E a gente acredita.

Acredita porque não sabe o que é.

Acredita porque nada é mais forte que o desconhecido.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Stereophonics - Dakota

Sabe aquela música favorita? Não é que ela seja a única, mas é aquela que entra em todos os teus "tops". É a que te faz ouvir o não tão bom disco apenas por causa dela. É a que faz com que um puta show passe devagar só por que ela é a última. E se é a última, é claro que não é pouca coisa.

Pois é, Dakota é assim pra mim. Mas sabia que eu nunca tinha prestado atenção na letra? Talvez seja porque a melodia é tão, mas tão sensacional. Ou talvez seja simplesmente pelo fato de que não é um "listening" tão simples. Dá pra entender tudo, mas tem que prestar atenção. Caso contrário as palavras se afogam em meio as guitarras.

Mas enfim, é um pecado. A letra é muito bonita. Se bem que o Kelly é um baita letrista, então era de se esperar. Ele sempre cria (ou recria) histórias interessantes. Coisas que aconteceram no passado, situações reais ou fictícias.

Taí então a letra de Dakota, e um vídeo acústico, sensacional. Aliás, nessa versão dá pra entender bem a letra. Na oficial a empolgação esconde tudo.




Dakota - Stereophonics


words by Kelly Jones

Thinking back, thinking of you.
Summertime, think it was june.
Yeah, I think it was june.

Laying back, head on the Grass.
Chewing gum, having some laughs.
Yeah, having some laughs.

You made me feel like the one,
Made me feel like the one.
The one.
You made me feel like the one,
Made me feel like the one.
The one.

Drinking back, drinking for two.
Drinking with you.
When drinking was new.

Sleeping in the back of my car.
We never went far.
Didn’t need to go far.

You made me feel like the one,
Made me feel like the one.
The one.
You made me feel like the one.
Made me feel like the one.
The one.

I don’t know where we are going now.
I don’t know where we are going now.

Wake up call, coffe and juice.
Remembering you.
What happened to you?

I wonder if we’re meeting again.
Talk about life since then.
Talk about what did it end.

You made me feel like the one.
Make me feel like the one.
The one.
You made me feel like the one.
Made me feel like the one.
The one.

I don’t know where we are going now.
I don’t know where we are going now.

So take a look at me now.
Take a look at me now.
Take a look at me now.
Take a look at me now.

Take a look at me now.

^^

And life goes on... nicely. ;D