quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quando a gente se sabota...

Sabe quando parece que a gente se encontra em transe? Não sei explicar direito. É mais ou menos quando tu olhas pra trás e pensas: em que estado de mente eu estava quando fiz/decidi isso?

Não é que tu tenhas feito algo de errado. Não é isso. Não falo no sentido de se arrepender de seus atos. Acho isso, inclusive, desperdício de tempo.

É mais quando a gente parece não estar percebendo que o tempo segue andando. Parece que a gente não se dá conta do que vem acontecendo. Vai deixando, não se importa.

É meio que se perder. Esquecer quem tu és e deixar de lado as coisas que tu realmente gostas.

Pois então, começo a perceber que, desde que voltei de Londres, tenho estado assim. Deixei o tempo ir passando, não fiz muitas coisas que sempre gostei de fazer. Vi muito menos pessoas que gostaria de ter visto mais. Não fui a todos os lugares pelos quais, enquanto estava lá, fazia juras de amor.

Que porra é essa? Já chega, acordei deste estado! Não sei se é a iminência da volta do pessoal que cria uma espécie de “reação inconsciente”, mas finalmente saí dessa. Talvez o simples fato de voltar a fazer coisas que sempre fiz (e gostei) tenha aberto meus olhos.

Sinuca até as duas; cruz de malta de tardezinha; voltas no Papuera; dois, três filmes por semana; idas ao laranjal, etc.

Aonde estava tudo isso?

Acabei sendo refém de um seqüestro no qual eu era o próprio seqüestrador.

Ser libertado só dependia de mim. Não exigia custos ou resgate.

Pode ter demorado, mas finalmente aconteceu.

E agora não tenho mais desculpas para não ser quem eu gosto de ser.

8 comentários:

  1. acontece constantemente comigo, mas sempre é tempo de se dar conta.

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  2. incluí aí os churras no laranjal com um moonte de gente. tenho saudades da casa do costa cheia.
    ;*

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  3. saiu do ovo,o que aconteceu?e eu perguntei o que tu tinha,lembra?

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  4. bá, isso que tu falou é bem verdade...às vezes eu acho que eu não acordei ainda!
    mesmo depois de quase dois anos!

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  5. reflexos de Londres...eles não perdoam!

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  6. Se foi a nossa volta que te despertou assim.. que bom! ;)
    Tô chegando pra aproveita essa fase ctg!

    Beijoo cabeção.

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  7. a palavra resgate custou heim uhauahauahauhauh

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  8. "É meio que se perder." Ninguém se encontra, caso não se perca.
    Vê como um pensamento sobre coisas 'pequenas', assim, remete a uma escala maior? E depois dizem que a teoria diverge da prática...

    Gostei do blog!
    Beijos!

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